quarta-feira, 17 de julho de 2013

Cão do Estado

Como se sente um cão do Estado ao ser questionado por um estudante da militância?
Como se sente um cão do Estado ao invadir e depredar uma ocupação legítima?
Como se sente um cão do Estado ao representar a intransigência, a ignorância e a falta de diálogo daqueles que se escondem atrás de uma mesa de escritório como se esta fosse uma fortaleza de silêncio?
Como se sente um cão do Estado com sua cara fechada, tirando onda com militantes que, com muita luta, muito cansaço e determinação tentam mudar a educação desse Estado e enfrentar sua ordem vigente?
Como se sente um cão do Estado ao bater em estudantes, homens e mulheres, sem nenhum escrúpulo?

Cumprem ordens, eu sei...

Incrível a habilidade apática destes cães.
A habilidade de ignorar todas as questões sociais para ser um peão mantenedor do status quo!
As vezes acredito que é através do ódio e a da repressão que estes cães conseguem dialogar.
É através do sequestro, das bombas de gás e dos cacetes que eles conversam!
Que língua vocês, filhotes de tucano, aprenderam a falar?
E eu seu filhote, aonde irá estudar, cão do estado?

Quando a universidade for completamente sucateada e privatizada,
Você não terá dinheiro para pagar pela educação de seu filhote.
Ele não terá acesso a bolsas de pesquisa, extensão ou de auxílio sócio-econômico, coisas que vocês julgam regalias;
Ele não terá moradia de qualidade, se tiver moradia...

Pelo o que lutas, cão do Estado? Pois não lutas pelo povo e muito menos por você e pelos teus!
Lutas, cão do Estado, por aquele que é seu dono,
Aquele que lhe joga migalhas para comer de cima de um palanque,
Que lhe serve a miséria com talheres de prata e mesa bem posta.

Acordai cães do Estado! Juntai-vos e componha conosco uma transformação da realidade!
Pois aquele que te manda reprimir nas ruas e matar nas favelas sempre o deixa com fome

E um cão com fome somente consegue demonstrar raiva!

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