Chegada a primavera
Após os tempos de caverna
É momento de flores – ser
De flores-dar e receber
Equilibra-se a Deusa Terra,
Ela, Donzela graciosa, Mãe amorosa e sábia Anciã,
Observa grata
Enquanto movimentos coloridos brotam em seu jardim.
São seus filhos e filhas dançando com as borboletas e ninfas
Numa brincadeira sem fim.
Hoje já não sou a Ironia Decadente
Pois todo luto deve acabar.
Todo caixão deve retornar a sua origem
E toda dor deve ser perdoada para que a estrada se siga em
frente
E jamais chorarei ao Sol poente,
A noite integra cada indivíduo
Mas a luz dentro do peito contente
Toma as rédeas neste momento rico.
Gratidão pela Coragem de Saltimbanco que floresce em meu
peito
A aura luminosa que envolve meu coração
Pois, com meu nariz vermelho ou não,
Se existe algo que eu não possa desapegar nessa vida
É desse sorriso bobo e brincante de meninão!