segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Pouco tempo, pouco tempo.

Eu já não aguento mais,
perder tanto tempo.
Há tanto a fazer,
em tão pouco tempo.
As horas são escassas,
os momentos são raros,
momentos curtos,
a serem apreciados.

Tenho muito a perder,
tenho muito a fazer,
e pouco tempo para realizar.
Pouco tempo para ser.
Pouco tempo para estar.

Pouco tempo, pouco tempo,
e o mundo vai acabar
no próximo momento.
Que sede de viver,
que sede de fazer tudo acontecer.
Mas eu tenho pouco tempo
e muito fazer.

E logo morrerei,
e pouco tempo viverei,
e muito não farei,
e não sei porque,
me preocupo tanto
em deixar de fazer.

Pouco tempo, pouco tempo,
está tudo acabando.
Ansioso por não ter tempo,
já não vivo nem faço,
já não sou nem estou.
E ansioso, me acabo,
com o tempo que restou.

Confiança

O tédio é relevante,
um desânimo itinerante.
Um inapto novato diferente,
desprezado por uma sociedade sorridente

Realmente subestimam esse jovem inerente,
e subestimar é ato daquele que não compreende.
Aquele que tem medo do diferente,
ou apenas é estúpido o suficiente,
para julgar pelo aparente.

O jovem inerente, pouco surpreendido,
olha friamente, para os olhos de teu inimigo.
A frieza foi o suficiente para retirar o seu sorriso,
e as poucas palavras do humilde inerente
foram suficiente para que o silêncio prevalecesse.



O riso é a arma dos confiantes,
se sua confiança é tirada,
não restará nada.

domingo, 9 de agosto de 2009

Vivemos o caos interno da alma.

Vivemos a vida perpetuando a morte.
Somos deliqüentes sem sorte.
Perseguidos por infâmia.
Sangrando lágrimas por dentro.

Perdidos em nossas sombras,
Vendendo nossas almas a algo inexistente.
Dispersando pensamentos, e condenando a nós mesmos.
Vivemos o caos interno da alma.

Vivemos em lamentável lástima,
Em oblíquia auto-repressão .
Perdendo a alma em vivência inóspita.

Vivendo em falsa fé, nos rendemos.
O que tinhamos a dizer, já não temos.
E por tudo que não somos, já não vivemos.