domingo, 28 de julho de 2013

À Batom Vermelho

Uma graça, maravilha experienciada, vivida na loucura destas casas...
Nosso beijo é como um dançarino e uma dançarina.
Separados, são o que são.
Juntos são poesia.
São o dilema térreo que me faz sorrir,
Vivência que estava guardada na memória, de invernos que já passaram por Assis.

Teus pequenos lábios, graciosos, ousados e recônditos,
São armadilhas pontuais.
Teu sorrisinho, riso, graça,
São pequenas surpresas,
Epifaniazinhas que assisto iluminar a noite ébria.
Tua pele macia, rosada de frio e de estrada...
Desperta em mim um carinho arriscado.

E mesmo, tanto depois de invernos em invernos,
Da evasão, perfeição, riscos e trincos do coração,
A poesia que existe nesta dança,
No frio e no silêncio da noite,
Remanesce como uma obra de arte preciosa a ser apreciada.

Nessa epifania escondida e maravilhada,
Retira-se a obra do museu,
E a coloca, com todo carinho sujo,
No meio do caminho, no meio da estrada.
Para mostrar para a noite, que,
Embora evasiva, clandestina, fugitiva,
A nossa dança é
A poesia escrita à batom vermelho,
Dançando na noite fria,
Gostosamente sublime

Como um delicioso devaneio.

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