O palor percorre ruas sozinhas no meio da chuva,
Na solidão ébria do poeta em sua agonia desproporcional.
O exaurir, o sangue de seu susto em sussurro de madrugada
São posturas prolíficas, cacos de vidro guerreando no brio
da espada.
A faísca parva das espadas é a lágrima que trinca a máscara
do rosto,
É o conteúdo do gosto amargo da raiz que busca outra prata.
O garimpo em cada degrau rachado da escada
É a busca do precioso vômito caindo do corpo tosco.
Uma gota de sangue por um pedaço do bolo do absorto.
“Feliz aniversário” escrito na cobertura
Que escorre derretendo em chamas.
O brado marca a alegria da digestão do dia-a-dia.
A indigestão misericordiosa pela sanidade do corpo
Vomita indômitas poesias.