terça-feira, 22 de junho de 2010

Idiotização Romantica

Calo-me, me abstraio no azeviche de minha mente.
Alieno-me com conteúdos falsos,
Correndo de meus pensamentos sensatos
Que se esbarram na insolitez de meu sentimento.

Esfaqueio-me, dilacero-me
Forjando memórias que eu não possuo.
Corto os pulsos de minha alma
E engulo frascos e frascos
De anestesia alienante.

Esqueço, ou pelomenos
Tento fingir o esquecimento.
E escrevo em sangue
Vômitos emocionais.

Meu sacrifício emocional
É logicamente insensato.
Assim como é irracionalmente sensato
Diante da insensatez de uma emoção.

Dilacero-me no tempo
De ponteiros de relógios antigos.
Quebrados, perdidos
Por motivos claros e dignos.

Quebro os espelhos do reflexo
De minha mente.
Este hábil carrasco
De meu coração.

Quebro-me a pedradas
Em contusões profundas
Pois este mundo
Não foi feito para loucos apaixonados
Como eu.

Um comentário:

  1. Que espaço perfeito (: Adorei o blog, os posts, a intesidade das palavras, as palavras . rs'
    Estou seguindo. Creio que algum dos meus blogs te interesse, se quiser ler algo, principalmente o 'Poesia&Cia' *-*
    Beijos

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