terça-feira, 22 de setembro de 2009

Olhar para o passado

Observar o passado olho para cima!
Eis o passado trágico perante a Lua divina!
De escuridão tão profunda, de beleza ignota.
Que sua imensidão difunda em mim, oh beleza morta.

Um sentimento de nostalgia e prazer em minha obra.
Difunda em mim a trágica saudade, oh beleza morta!
Para lembrar e dilacerar,
meu desgraçado ser em vão.

Observo-te em convexa visão,
e vejo, diante do passado, tamanha solidão.
Diante deste lamento, eis uma ode a ti.

Doce decadência que é sofrer em vão.
Minha dor se torna prazer,
por ti, beleza morta,
ressuscita memória do que um dia fui a ser.

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