terça-feira, 29 de setembro de 2009

Libertação

Quantas vezes por dia
Eu considero a idéia
De tirar a própria vida
Sem prazer

Esperando a próxima dose
As próximas ilusões
Nada a fazer

Quantos pensamentos fluem
Quanto sangue escorre
Sem haver

Esperança e harmonia
Caótica fisionomia
De meu ser

Devaneios que surgem
Em meu deturpado pensamento
De morte

O vazio que me consome
Transmuta-se na infame forma
De consorte

Grita-me, dilacera-me
Por favor, faça isso
Por mim

Estou exaurido
De abafar o grito
Dentro de si

Por um fim na glória
De um anonimato sem memória
Que sou

Despeço-me desse infortúnio
Lamento o caos incompreensível
“Me vou”

[24/09/2009]

Nenhum comentário:

Postar um comentário