Fim de ano
Cai o pano
A peça continua
Os personagens encantam.
Fim de ano, Hermano!
E tudo se esvai,
Como os ponteiros batendo,
A poeira correndo,
E eu aqui existindo
Em tantos tempos contra-tempos,
Se a roda do ano pudesse dizer
Em quantos dias vivi
E quantos dias nem cheguei a ser
Ela beijaria meus lábios tácitos
Dizendo: Tudo bem poeta,
Pode crer.
Pode ser,
Porque de um mês passam-se anos
De um dia, meses
E eu não me engano
Quando o relógio diz pra parar
Eu digo: Me encanto!
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