Ao tirar os óculos escuros,
Ao escutar sem fones de ouvido
Observo o Sol que dança
E percebo que plenitude, completude,
Não tem nada a ver
Com as duas metades da laranja.
Vejo em eu meu, meu eu
- Que as vezes nem é tão eu -
E chego a conclusão de que pleno
É quem escuta o coração.
E a ideia de ser pleno
Não estava perdida,
Ela estava aqui dentro
Lutando contra a monotonia
E eu sou inteiro,
Não preciso de metade.
Eu sou inteiro
E sou infinito.
Pois por ser inteiro,
Vejo o mundo como multidão,
Multidão em grito
Que se torna um só.
Eu sou inteiro grito,
Pois estou apto a absorver tantas vozes
Como o infinito...
Sou grito e agrego
Todas as vozes do mundo
Dentro do bater em meu peito.
Ser inteiro é ser grito
Caotico em belo devaneio.
Dedicado à Tássia Corrêa
Dedicado à Tássia Corrêa
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