terça-feira, 28 de maio de 2013

Uma Ode às Olheiras

Insônia,
Talvez seja você a quem eu realmente pertença.
Talvez tu sejas a grande musa de meus poemas.
Seja na ausência do meu sono,
De meus sonhos de papel.
Seja na tua força intensa
Que derrota até meus comprimidos roubados que são de fel.

Talvez você seja minha infalível dupla
Numa romance solitário,
Quase análogo a um platônico,
Porém presente fisicamente
No físico de minha mente.

As olheiras contam uma grande estória de amor,
Enquanto a dor de cabeça,
A náusea em seu esplendor
Gritam em contradição
Neste romance paradoxo.

Talvez seja você, Insônia, quem eu prezo e quem me prende
Neste cotidiano doente,
Nesta relação que me adoece.

Tu que me deixas preso no mesmo lugar,
Enquanto a chuva cai lá fora
Em toda flora, e que no agora,
Na solidão de tua presença
Me extasia, quase inconsciente,
Na multidão de pensamentos
Que não param de digitar.

Uma ode às olheiras
Que retratam nossa relação doente.
Que são a escultura no mármore impuro de minha face
Massacrando um amante fadigado e descontente,
Que caminha em caminhos de edredom

Extasiado a fadigar.

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