quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Estrelas Em Meu Teto

Teu palor em meu sangue
Teu calor distante
Teu olhar atrás dos meus.

Minhas pálpebras perseguindo nuvens,
Espelhos alheios refletem o rosto teu.
Espelhos no céu...
Teus olhos são estrelas em meu teto.

Enquanto reflito, enquanto reflexo,
Enquanto desmaio no chão desconexo
Brilham e olham para mim dentro do escuro.

Grita o peito dentro do absurdo.
O cheiro macio, janelas para o mundo,
E o toque sem toque,
E um cigarro na madrugada,
Os olhos são mudos.
As lágrimas cálidas estão caladas.

E não irei tentar dormir,
Pois o onírico já não é meu companheiro.
Pois te vejo no teto do meu mundo,
Nas estrelas de meu quarto,
Meu sonho distante e lúcido.

A noite está nublada,
E as estrelas estão tímidas.
Os olhos perseguem dentro do avermelhado,
E tudo está escuro.

Não há como, não agora.
As estrelas somem e o teto desaba,
O poeta desmaia na noite de lua nova.

E agora o mundo expande e o peito aperta.
Uma sensação de oco, de pouco,
Uma sensação de nada.

E os olhos caçam estrelas na noite nublada,
O inverno um dia irá passar
E as estrelas ainda darão as caras...

E ainda iremos nos encontrar.

2 comentários:

  1. As estrelas ficam sempre lá
    longe do toque da sua pele finita
    mas o calor, chama em luz
    faz a dama-da-noite despertar dos sonhos
    e pintar as trevas com seu perfume
    jeito simples de cantar
    como as sereias chamam odisseu
    para o paraíso do amor
    dar o fõlego da vida
    e o abismo do vôo
    a perda da liberdade

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  2. Estou seguindo teu blog! Faça-me uma visita!Luz!

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