segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Luto (Amor Perdido)

As tardes vazias sem tua presença
Sem o doce olhar teu sob o meu.
As lembranças de tuas carícias
Pungem cruelmente meu ser.

Cartas engavetadas, retratos desatuais
Provas concretas da beleza
De nossa doce e harmoniosa união,
Hoje me confortam. Me escorrem lágrimas
[bipolares

Eu, romântico patético
Padeço diante da carência de ti.
Meu corpo sente falta do teu
Meu tato clama, desesperadamente pelo
[teu toque.

Meus olhos chamam por teu sorriso.
Meus ouvidos imploram
Pelo doce e carinhoso som
Da melodia de tua voz.

O peso de tua ausência,
Tão atroz carrasco de minha realidade,
Tinge minha existência
De irrelevância, de languidez.

Jaz o silêncio a deflagrar.
Jazem os ecos deste cômodo vazio,
Carregado de intensa emoção.
Jaz uma lacuna não preenchida.

Acabrunhante e agoniado, velo dilacerado
Num funeral de sentimento.
Na desgraça patética da lamúria
De um apaixonado enlutado.

E sigo perdido,
Num caminhar ferido,
Rumo ao horizonte
Por esta estrada lacrimosa.

E sigo, exaurido,
No gotejar de ilusões perdidas,
De passo inconstante
Por esta estrada desventurosa.

Minhas lágrimas marcam o caminho.
Minhas cicatrizes são minhas armas.
Minha escolha é o sofrimento.
Minha escolha é a única que restou.

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