Vergonha?
Vergonha de que?
De dar um passo a frente
Para atravessar a rua?
É mais fácil morrer atropelado
Do que morrer no palco
Olho para o lado
E tem uma voz que me diz
Que tudo que eu faço
É medíocre, esdrúxulo e sem raiz
Olho para frente
Olho nos olhos dessa gente
Empino o nariz contente
E canto um poema sem medo de ser feliz
Partilho um pedaço
Um dedo, um braço, um abraço
E digo que a vergonha
É algo a nós ensinado
Tornemo-nos quem somos
Sem pedir desculpas
Dancemos as danças com o corpo inteiro
E que a vida seja um sarau sem viaturas!
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