quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

No Horizonte Encontrei os Pássaros Mais Belos

Partimos
Em direção ao infinito que nos assola
Pois a estrada tudo cura
E esvaziamos nossas sacolas

Meu coração em seu rompante mutante
Clama por se rearranjar
Em outros acordes
E os nós das cordas
Já sufoca,
Não edifica as tranças
Embaraça o cocar

Às vezes a gente na sabe aonde quer estar
É melhor não estar em nenhum lugar
E, numa graça nômade, ser-revirar
Revirar-se do avesso
De dentro para fora
De fora para dentro

E neste desinvento
Encontrar este pulso irremediável,
A vibração insondável
Que nos coloca em movimento

Em direção ao mar
Em direção ao infinito
Em direção que for

Não existem despedidas nessa vida
Não existe clamor mais áspero que a despedida
Existem encontros,
Existem reencontros
E existe a harmonia dos momentos...

No devaneio deste vale de utopias
Não lamento, não desmorono,
Mas construo castelos com sinfonias
Encima das ondas mais belas
Que se desfazem ao vento
E acarinham as faces de forma singela

Com a calma que me edifica
A leveza que me impera
Ao ver que a vida é deixar voar

Voa em direção as estrelas
Que o infinito está nas garras da ave mais ousada
Voa em direção aos céus
Que a estrada só chega ao fim
Quando se deseja que se chegue

Voa

Pois é só o começo
E o mundo é muito pouco
Para quem tem pernas para voar

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