segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Mais Uma Dose


(...) E os bares são aqueles lugares
De criaturas com ares
De lembrar e esquecer o que é ser...

Bate forte no peito aquele doce anseio
Que me trazia o olhar e o beijo
Daquela mulher de vermelho..

Batia na minha cabeça estagnada,
Fazendo-a girar um tanto.
O deleite de me embriagar com teu beijo
E nadar nos mares macios de teu corpo.

De acordar no marfim de teus braços,
No teu riso sem fim,
Fez de meu anseio trêmulo recompensado,
Acalentou o peito desesperado enfim.

Uma dose de amor, de uma bebida quente e pesada,
Me fez leve em segundos.
Viajando pelo meu corpo
Causando risos de acelerado batimento cardíaco.

E que num tino de medo
Expeliu-se por inteiro
Num gorfo derradeiro...
O que era belo agora queimava em ácido e restos...

Hoje queima ao lado,
Pedaço por pedaço,
De uma miscelânea de romances abortados,
De uma biblioteca de boêmios solitários,
Numa lareira em meu quarto
Para aquecer meu corpo tenso
Neste inverno que não chega ao fim...

“Mais uma dose? É claro que eu tô afim...”

Nenhum comentário:

Postar um comentário