quinta-feira, 29 de abril de 2010

Simplesmente...

Tendo a ignorância como uma bênção
Eu talvez seja um amaldiçoado egoísta.
E não sou culpado
Por simplesmente não me importar.

As pessoas tornam-se insignificantes
E a realidade torna-se intransponível.
As mensagens são pessimistas
E a poesia é escura
Como uma noite de lua nova.

Mantenho-me inconstante
Beirando a ausência do sociopata
Em conflito com a sensibilidade do artista,
Constantemente desesperado como um romântico.

Apenas posso cantar
E continuar meu solene-soturno viver
E expressar o quanto amo...
O quanto sinto...
O quanto deixo de sentir...
Posso apenas continuar a gritar.

Eu apenas busco
Mais uma tristeza para um retrato.
Pois esta é a obstinação de um artista,
Retratar, amar e lamentar.

Amo demais...
Lamento tanto...
Retrato pouco...

Simplesmente, sou apenas um complexo.
Como uma bactéria de males e benefícios.
Sou muito muito pouco para ser.

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