segunda-feira, 8 de março de 2010

Seres Sem Sombra

Marionetes mecanizadas
Sistematizadas em hipocrisia
Para futilidades programadas
Meras existências sem poesia.

Ridículas e fatigadas
Movidas pela mão da mídia.
Alienadas e desorientadas
Impostas a uma ilusão qualquer.

Sustentam a modernidade
Como se nada estivesse errado
Como se houvesse igualdade
E não houvesse nem sequer
A existência de um simples miserável.

Malditas sejam vossas cabeças de vácuo.
Seus olhares vazios
Envenenam e apodrecem
Parte da existência alheia.

Adoecem o ambiente em que vivem
Exalando o odor fétido de uma hipocrisia demasiada.
De um moralismo ridículo e retrógrado
Com uma miséria anti-intelectual.

Tal moralismo alienante é inconcebível
Pois jamais existiu nesta inconstante realidade
Um intelectual sóbrio e sem contato com a onírica loucura.

Faz mais sentido ser saudável em doença
Pois a sociedade é uma doença mascarada.

Pobres dos doentes, sóbrios e lúcidos,
Estes sim são os insanos imbecis.

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