As pedras de cascalho na rodovia
Acariciam os pés que caminham e persistem
Os chifres curvados não confundem persistência com teimosia
Há a coragem de subir das profundezas do mar até o topo da
montanha
Para trás há um infinito e para frente há horizontes
Distintos imprevisíveis como chuva de verão
Cada raio de sol ardente, cada lufada de vento de caminhão,
Faz florescer flor caliente que habita o peito fértil em
abundância
Em direção ao mar abrem caminho
Na selva de pedra há selvageria sem precedentes
O amor não é sempre sorridente
Mas guerreia com o cuidado de não cair do cavalo
A estrada em minhas costas é a pista de pouso dos sonhos
mais pretensiosos
A amazona ao meu lado, virtuosa, veio para dar cor ao mundo
E dançamos, cantamos, entre declarações de amor e silêncios soturnos
Até que se apresente o próximo cavalo de aço que nos guiará
adiante
Ir em direção ao horizonte
Já não é absurdo.
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