terça-feira, 21 de outubro de 2014

De Olhos Abertos

Dance no chão comigo
Sejamos vencidos pela gravidade
E nesta derrota em bandeira branca
No berço da terra tentarei enterrar minha vaidade

Fecho os olhos

E enquanto rolamos adiante nas campinas equidistantes
Olho no céu teus olhares de oceano
Azul como o pano de minha calça e o pranto de minha náusea
Mergulho dentro destas janelas com desejos e liames

Nas águas profundas da musa
Desvendo Atlântidas e os desafios de sua semântica
Para dentro do enigma encontrar
Este perfume maior que me busca

Que desafia do olfato ao paladar
Para ao poeta enfeitiçar
Dentro dos tímpanos escancarar
E no samba do coração ao palpitar

Mas quando voltei a mim e abri os olhos
Encontrei teu rosto esculpido em forma de sorriso
E desejei que estivesse de olhos abertos

O tempo todo.

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