Eu sou um círculo mágico
Que pode tomar infinitas formas
Desconfigurando-se,
Torcendo o corpo,
Rangindo vozes ignotas.
E quando se quebra um pedaço
Como Hidra,
Nascem dois pescoços desvairados.
Sou corpo em pedaços,
Sem órgãos,
Mil tragos,
E por essas crateras
Exalarei borboletas,
Por essas cicatrizes
A vibração de tambores coração
Para cada lágrima mil poemas
E para cada sorriso uma imensidão.
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