segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Mãos

Mãos encantam por potência de ação.
Na contra-mão encontro alguma razão.
Nas mãos encontro delicadezas,
Calos, cicatrizes de diversas naturezas,
Unhas roídas, polidas, quebradas ou não.

Mãos no céu sentem o vento
Pés no chão – as vezes – para o coração.
Mãos dadas, ciranda, cirandão – vamos todos cirandar -
Quero todas mãos e corpos e pelos fora do vão.

Me dê a mão para que possamos decifrar, desafiar,
Essas linhas infinitas, essas veias rotas
Que se expandem ou varizes,
Que acariciam e apedrejam
Que destroem e fazem construção.

Mãos em mãos, quanto mais melhor.
Mãos fazem de tudo

Só não fazem e vão.

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