segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Nós

Me diga quantos dias e quantas noites
Eu hei de esperar.
Me diga quantos Sois e quantas Luas
Por minhas retinas dilaceradas
Haverão de passar.

E esperar de mãos atadas
Amordaçado sob o luar.
Meu coração esmagado
Espera pela possibilidade de estar
Mais uma vez presente
Onde você estará.

Surgiu como um simples sonho
Do qual eu jamais quis acordar.
Súbito e cheio de magia
Como teu doce castanho olhar.

E evanesceu em um trágico
E lastimável acordar.
Trazendo-me de volta
Ao vazio de existir.

Que maldita trajetória o destino traçou
Sob nós, meros amantes.
Que conhecemos juntos, em poucos dias,
A beleza do paraíso
E o escarlate do inferno.

E hoje apenas me resta utilizar
De minha frágil, porém prezada memória
Para relembrar mais uma vez
De como nossa alegria e nosso romance
Que foi tão belo e poético, mais uma vez.

E além de toda miséria,
Da dor que proporciona o vazio
Da noite sem tua voz,
Eu jamais poderei dizer
Que nossa melodia se desfez.

Pois eu nunca deixarei que morras
Dentro de mim.
E meu interno, doente e saudável
Por nosso romance,
Jamais esquecerá o significado de ti.

Estarás dentro de mim
Em todas as manhãs exauridas
De minha insônia.

Em todas as noites frias e claras,
Em todos os ventos uivantes
Que soprarem em minha face.

Estará como o Sol e a Lua
Inerente a minha existência
Que um dia, ao seu lado
Tomou forma de vida.

Nossa melodia ressoará pela eternidade
E tu estarás viva ao meu lado,
Estarás ao meu lado, como sempre esteve
Minha amiga, Minha Musa
Minha Amante
Meu Amor.

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